sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

ACORDE CADENCIAL

TAGUATINGA (eu também fico apertado com algumas tarefas) Se você já assistiu um "Concerto para um instrumento qualquer" vai perceber que existe um momento que a orquestra dá um acorde que, tecnicamente, é um I/V, mas o chamamos frequentemente de acorde cadencial. Notem que após o toque de um determinado acorde (ele é um pouco valorizado, seguram esse acorde mais que os outros) os músicos da orquestra ficam apenas ouvindo o que o solista toca. É a hora do solista mostrar toda agilidade e técnica. Os músicos ficam passivos, apenas ouvindo (esse momento é a cadência).

E é isso que vou fazer até segunda-feira com este blog. Vou dar uma paradinha... Mas volto, assim que o maestro "baixar a batuta".

Aproveito e indico aqui, para o fim de semana, uma amostra desse tal acorde cadencial (seguido de sua cadência) de um maluco que fez uma cadência nada "Ortodoxa", ou "Clássica", ou " Mozartiana". Enfim, o cara abusou um pouco. No vídeo, lá pros 4:31 minutos, eles chama os músicos pra tocar na cadência fazendo brincadeiras. Isso não deveria acontecer, mas, essa é uma exceção (e eu gostei!). A Cadência tal como deveria ser está apenas em 7:01 e em 7:33, ele, como já disse antes, baixa a batuta e todos voltam a tocar. Vale a pena ver tudo... O cara é bom!

PS: Antigamente o compositor escrevia apenas CADÊNCIA na partitura e deixava o instrumentista desenhar sua própria cadência, mas eles usavam muito os elementos "citados" na obra. Graças a malucos como esses, os compositores, do período Romântico pra frente, passaram a escrever as cadências...

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

SUPERTÔNICA (2o. Ano) - J. S. Bach

TAGUATINGA (ciência é isso) Achei essa notícia por acidente: Reconstruiram digitalmente a face de J.S. BACH. Bach será importante para o pessoal do 2o. ano já que a audição e análise da Cantata BWV 80 consta nos Objetos de Avaliação do PAS. Aliás, ele foi fator determinante para termos a música como conhecemos hoje. Seja qual for o estilo, se você mora ou ouve música do "Novo Mundo" e " Velho Mundo".

Bach era um luterano fervoroso e a maioria esmagadora de suas obras foram compostas com propósitos bíblicos.

A sigla BWV não é nenhuma marca de carro alemão, apesar de Bach ser alemão, mas significa BACH-WERKE-VERZEICHNIS (Catálogo de Obras de Bach) e foi organizada inicialmente por Wolfgang Schmieder em 1950. Ele levou em consideração o estilo e desenvolvimento de técnicas de composições de Bach bem como "pistas" nos manuscristos ou no próprio teor das obras para classificá-las cronologicamente. Bach nunca soube, então, que BWV seria uma espécie de marca registrada de suas obras. Aliás, morreu quase no anonimato.


Enfim, Schmieder fez tal qual a antropóloga escocesa Caroline Wilkinson. É a Ciência que reaviva a História...

SÉRIE SCHOËNBERG


TAGUATINGA (é cada uma, viu!) Pessoas! Já vou adiantando que por se tratar de um blog eu vou postando o que pode ser útil, sem regras ou cronograma. Lógico que se alguém pedir pra eu comentar algo eu comento, será um prazer, entretanto, se ninguém pedir nada vou soltando informações que acho interessantes pra vocês.


Sabe quando você sonha com algo, tipo, você tomando banho e acorda empapado de suor? Ou quando você sonha com uma queda e, de fato, você caiu da cama?


Pois é! Esta noite sonhei que estava tocando com um amigão meu e ele, com seu contrabaixo, ficava batendo o braço do instrumento dele no meu braço.

Eu ficava com raiva e falava: "Chega pra lá!!!".


Quando eu acordei vi que era o braço do meu filho que me cutucava. Ele veio de noite pra minha cama e eu não tinha percebido...


Isso me motivou a falar sobre Organologia. O Contrabaixo Elétrico é um instrumento eletrônico?? A resposta é NÃÃÃÃÃÃÃÃO!


Ele é um Cordofone! Mas, ele não é baixo elétrico? Sim, mas isso é apenas para sua amplificação, senão, até as vozes seriam eletrônicas. O que conta é como se dá a concepção do som, ok?


Olha aí a foto do meu brother Thiago Celani, um baixista fantástico. E amigo meu!


SERIE SCHÖENBERG

TAGUATINGA (...de médico e louco...) Primeiramente uma explicação do nome do Post (paciência que em breve não postarei mais esse tipo de coisa). Schöenberg é um desses caras que podemos chamar de "Excêntrico". As músicas que ouvimos hoje em dia tem o que chamamos de tonalidade. Não se trata nada mais do que uma certa organização das notas de modo que soe como conhecemos. Esse alemão doido aí teve a idéia de criar o Pantonalismo ("Pan" significa todos), ou seja, o cara quis trabalhar com todas as tonalidades simultaneamente a ponto de não ter uma tonalidade fixa. Muita gente clasifica isso também como "atonalismo", que não tem tonalidade. Bom, isso é polêmico pois uns acham que Pantonalismo é uma coisa e Atonalismo é outra (o dia que eu estiver inspirado eu explico)...

Como soa isso? Quer ter uma idéia? Clique aqui! Se tiver paciência tem essa versão aqui também!

Quem já foi meu aluno sabe o que eu digo nessa hora: "Gente, é como um jogo de xadrez..."

E o que isso tem a ver com os posts aqui? Ah! Veja bem... Não havia dito que se o assunto fosse relacionado ao 3o. Ano, por exemplo, o chamaria de Mediante... Então, se é Schöenberg, serve para todos os anos pois seria "pantonal"... para todos...

Então volto já com a primeira postagem (efetiva) da Série Schöenberg.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

SUPERTÔNICA ( 2o.Ano ) - Ondas

TAGUATINGA (...quero um desses) Em primeiro lugar vou explicar rapidamente a razão do post ser SUPERTÔNICA.
Existem sete notas musicais, certo? Dependendo da tonalidade as notas ou acordes mudam suas funções. Então, para não haver problemas na hora de fazer qualquer análise, sobretudo da Harmonia, damos nomes segundo suas funções, e então, eles podem ser manipulados tranquilamente. Ex: Tônica, é o primeiro grau (então, quando o assunto for diretamente relacionado ao 1o. ano, usarei esse título) Supertônica é o segundo grau e Mediante o terceiro. Ué, não são sete? Ah! Claro! É porque usarei apenas os três nos Posts, mas lá vai: 4o. Subdominante, 5o. Dominante, 6o. Superdominante e 7o. grau, depende: pode ser Sensível ou Subtônica.
Chega de blábláblá e vamos ao que interessa!!!


O que vocês notam de interessante no violino além da sua transparência? Só uma colocação: o violino toca de verdade! Mas observe que algumas partes não foram substituídas - pelo que provavelmente seja acrílico - e ainda usam madeira. Essas duas madeiras têm o nome de cavalete (por fora do instrumento) e "alma"(por dentro), é isso mesmo, ALMA.

O cavalete trasmite a "mecânica" produzida pelas cordas ao tampo superior. A vibração, passa também pela alma e também se propaga até o tampo inferior. A combinação de vibrações entre os dois tampos é que caracteriza o timbre do violino.

MÚSICA X MATEMÁTICA???

TAGUATINGA (...agora posso dormir) Só pra testar as fotos do blog lá vai essa aí do Prof. Ezelzon, meu amigo e colega de trabalho. Aliás, ele é professor de Matemática na Católica mas tem tem uma habilidade com a Viola Caipira bacana...

Antes que eu me esqueça: Música e Matemática tem tudo a ver, viu... Podem colocar isso na cabeça!!!

ACERTE O SEU AÍ...

TAGUATINGA( ... que eu arredondo o meu daqui). Com um formato descaradamente copiado de dois blogs que visito com freqüência ( O Blig do Gomes e o Blog do Capelli - posso falar deles em um outro momento), inclusive no estilo das postagens, inauguro, com este post o "Aqui tem Músico".
A idéia principal é reforçar tudo o ministro nas minhas aulas além de tentar alcançar aqueles que por qualquer motivos não as frequenta. Estou entusiasmado com a idéia do blog pois sou um "metido a besta" tecnológico: tudo o que tem tecnologia, sequer um pouquinho (um pouquinho mesmo, tal como um violino, por exemplo) me chama atenção. Se eu não fosse músico, com certeza, seria engenheiro mecatrônico...

Isso é tudo, por hora! Sejam bem-vindos e espero que vocês, alunos, amigos e internet surfers aproveitem pois, esse blog não é o Itaú, mas foi feito pra você!

Um videozinho pra mostrar meu lado pai-coruja...